Black Lagoon - Uma pequena análise
Baseado no mangá de: Rei Hiroe
Gênero: Ação, Crime, Drama, Seinen
Fazia um tempo que estava afim de assistir esse anime, então, esse sábado resolvi maratonar o mesmo e, por que não escrever um pouco sobre?! E que tal todo sábado, uma pequena análise diferente? Sem delongas, vamos ao Black Lagoon.
Black Lagoon segue a história de Rokuro Okajima, um típico homem de escritório japonês que trabalha para uma grande corporação. Durante uma missão de entrega no sudeste asiático, ele é sequestrado por um grupo de mercenários conhecido como Lagoon Company, que atua na cidade fictícia e anárquica de Roanapur, na Tailândia, a partir daí, o personagem é lançado ao caos.
Quando sua empresa o abandona para morrer e tenta apagar provas do sequestro, Rokuro — que logo adota o nome "Rock" — decide abandonar sua antiga vida e se juntar aos mercenários. A partir daí, ele mergulha em um submundo de pirataria moderna, tráfico de armas, máfias, cartéis, e confrontos brutais.
A série se destaca especialmente pela relação entre Rock e Revy, uma pistoleira brutal, impulsiva e profundamente marcada por traumas. O contraste entre os personagens é enorme. Muita ação em diversas cenas entre divagações de Rock, que se mantém fora de praticamente todos os combates, a não ser quando compelido a reagir, como acontece quando o mesmo fala para Revy que está cansado de se desculpar com ela, o que culmina em uma atrito.
Tais diálogos que fazem refletir, memórias de infância, alegria e traumas, as vivencias e os motivos e circunstancias que levaram os personagens até ali.
O anime também fala sobre geopolítica, relações de poder, mas o que pude ver principalmente foram traumas e resistência, feridas que cicatrizaram e deixaram marcas, como no caso de Revy, diferentemente de Rock, que é mais sensível, ela é apática, porém vemos as razões de seu comportamento em seus traumas, em diálogos de memórias, tal como os outros personagens que surgem no decorrer da trama, trazendo consigo memórias cheias de emoções calmas e destrutivas.
Cada um sabendo do peso de cada cicatriz que carregam e ainda assim continuando em frente, sem olhar para trás, seguindo na maioria das vezes em uma brutalidade, uma violência escancarada quase como um mecanismo de defesa, o ser humano e seu instinto animalesco, o instinto de sobrevivência.
Não poderia deixar de citar a abertura juntamente da música, que condiz totalmente com a atmosfera do anime, música é música, não se tem muito o que falar, e ao assistir, percebemos como aquela vibe é basicamente a vibe do anime.
Por: David Alves Mendes | Mortalha Cult
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