Monólogo #3 | Impressões | Impression, soleil levant

 
 Impression, soleil levant - em português "Impressão, nascer do sol" - é uma pintura impressionista do artista Claude Monet, datada de 1874.

Ela me faz refletir, trás a sensação de passar a noite em alto mar, ou em qualquer outro lugar afastado do mundo, como um monte, ou perto de uma cachoeira ouvindo a queda d'água e o som da água fluente, sozinho, distante do barulho da civilização e mais próximo do som da natureza, algo assustador para alguns, como o escuro, as criaturas marítimas sob a embarcação, mas na solitude em meio a tudo isso, o amanhecer, trazendo luz em meio a escuridão, renovando as energias e trazendo novos ventos, novas possibilidades, novos horizontes a serem navegados.

Originalmente,
a pintura foi inspirada no porto francês LeHavre, a mesma foi inspiração para o movimento impressionista, a arte é subjetiva, cada um capta a essência de uma pintura à sua forma, as sensações que Impression, soleil levant causa em mim é diferente das sensações dos leitores ao contemplar a obra (sintam-se à vontade pra se expressar nos comentários).
 
 Mas vamos a uma breve análise, ou melhor, impressão acerca a pintura de Monet.
 
 
IMPRESSÕES
 
 
Auto-retrato com uma boina, 1886. 
(Self Portrait with a Beret, 1886). Claude Monet. Gif por Mortalha Cult


Eu gosto do nascer, mas prefiro o pôr do sol, de qualquer forma aprecio ambos como fenômenos da natureza, não é o sol que vem e vai, mas a terra que realiza seu processo de rotação em torno do seu próprio eixo, falando dessa forma soa  positivista, mas no campo da arte, há beleza nisso, no astro rei de nossa galáxia e seu papel, tal como a lua, que reflete o brilho do mesmo, o contraste entre luz e trevas dentro de cada dia, a coexistencia dessa dualidade para que se gere o equilíbrio e a realidade possa se manter, findando o ciclo a cada crepúsculo e recomeçando a cada nascer do sol.
 
As cores quentes e escuras da pintura evocam em minha mente uma sensação familiar com outras obras de arte e algumas músicas, uma nostalgia de algo que não vivi, talvez possa ter sonhado, mas não há possibilidade, o tom do sol, como se ainda não houvesse amanhecido por completo, o prenúncio do arrebol, os últimos resquícios de noite abrindo espaço para o dia, o som das aves acordando e saindo das árvores para voar pelos céus.
 
Como se de repente a realidade se tornasse diferente, de alguma forma, mistérios arcaicos que prevalecem, quantas vezes já amanheceu ao longo das eras, civilizações inteiras foram criadas, atingiram sua ascensão, e foram destruídas, figuras históricas realizaram suas obras, e o sol presenciou tudo isso, ao nascer, trazendo luz aos perdidos e aos que já encontraram seu caminho.
 
Deixo abaixo uma videopoesia, parte do audiovisual "Mil e Uma Léguas Distante de Mim Mesmo", confira completo clicando aqui, o livro está disponível para download gratuito no site da Catarse Poética
 

  

 Por: David Alves Mendes | Mortalha Cult


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