Esta obra de arte representa o estilo surrealista de Magritte, que muitas vezes questiona a interpretação da realidade. A discrepância entre a expectativa de se ver no espelho e a realidade revelada gera uma reflexão acerca da identidade, da ilusão e da essência da visão. Magritte empregava elementos do dia a dia para estimular a curiosidade e o raciocínio crítico do público.
Também vejo algo como "enxergar através do espelho", além do que parece ser real, questionar e experimentar sair um pouco da nossa bolha (ou ego) e vivenciar algo totalmente diferente, a essência além do ego, o eu, sem reflexos, apenas reflexões.
Vou transbordar e deixar meu eu falar por si mesmo, como o sujeito do espelho, indo além, se deixando levar, pelo estranho e desconhecido que existe não fora, mas dentro de si mesmo, encarando a sombra, sabendo reconhecer seus aspectos positivos e também negativos, entendendo que o mundo não se resume a si, é algo muito além, mas, refletindo bem... nossa percepção é responsável por criar nosso próprio mundo, como se nossas escolhas moldassem quem somos, mas não definisse, afinal, o que pode nos definir, levando em consideração a subjetividade e o quanto mudamos com o passar do tempo através das experiências que a vida nos trás, enxergar além do que os olhos podem ver.
Voltar-se pra si, olhar para dentro para então ver algo além.
Essa é a proposta desse quadro - Monólogo - conversar comigo mesmo e ao mesmo tempo com quem se dispor a ler em momentos de, ironicamente, reflexões.
Obs: Algum tempo depois, relendo esse texto, me lembra o conceito de meu último projeto artístico a coletânea Catarse Poética, a obra "Mil e Uma Léguas Distante de Mim Mesmo", que conta com um audiovisual, deixarei um trecho, para conferir o audiovisual completo basta clicar aqui.
Por: David Alves Mendes | Mortalha Cult

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